OPORTUNIDADE PERDIDA

As oportunidades acontecem geralmente uma única vez. Elas não se repetem. Muitas vezes deixamos ela passar enganados pela “certeza ilusória” de que retornará como se repete o amanhecer todos os dias com o sol nascendo no horizonte, mesmo com céu nublado. Assim, vamos perdemos coisas importantes em nossa vida. 

Também é assim quando se trata de uma comunidade. Muito mais pelo desinteresse pessoal em participar da vida coletiva, do que por displicência comportamental que faz com que as pessoas se omitam e se auto excluam do processo comunitário. Desta forma, as oportunidades para melhorar as condições de vida em uma comunidade, que são raras e demoradas diga-se de passagem, vão se perdendo pela inexistência da consciência cidadã que estimula a participação, não apenas nas reuniões, mas e sobretudo, nas decisões sobre os benefícios que se busca com as soluções dos problemas que existem na comunidade. 

Raras e muitas vezes cheias de obstáculos de todos os matizes, as oportunidades de melhoria comunitária são vistas pelo conjunto de habitantes de uma determinada comunidade como obrigação do Poder Público, o que está correto dependendo de qual melhoria de vida está em pauta. A melhoria da qualidade de vida se apresenta fraccionada em ações e programas que somados transformam o lugar em local modelo de moradia e convivência social. 

Embora seja “dever do Estado” as ações para melhorar a qualidade de vida de uma comunidade atualmente são produtos de barganhas políticas entre agentes públicos e o Poder constituído com proveito eleitoral direto para aquele que tem a tutela sobre determinada comunidade e decide sobre qual ação deve ser feita ou qual programa deverá ser implantado no que se conhece popularmente como “curral eleitoral”.

Isso se dá, não de agora ou inventado por qualquer mequetrefe contemporâneo detentor de mandato eletivo, mas pela cultura política gerada ainda no “coronelismo” onde as pessoas de uma comunidade serviam de massa de manobra para os interesses pouco confessáveis de senhores poderosos que controlavam a sociedade local com mãos de ferro vestidas com luva de pelica. É uma herança maldita, socialmente falando, e ainda, até os dias de hoje, cultuada, disseminada e preservada por quem não tem o menor escrúpulo para tirar da sociedade os benefícios a que ela tem direito para personalizar seus próprios interesses e se manter indefinidamente como “representante legitimado do povo”.

Rebelar-se contra essa cultura não é uma tarefa muito fácil e não são poucos os obstáculos a vencer nessa luta por uma consciência cidadã. É uma luta pessoal e coletiva ao mesmo tempo. Cada um e todos devem estabelecer a participação na vida comunitária como o exercício pleno e saudável da cidadania. Para isso, o combate a cultura do “curral eleitoral” deve começar no ambiente familiar, despertando o interesse pela participação comunitária e abolindo a prática da omissão e do descaso pelas coisas que são patrimônio de todos e de cada um em particular. 

Nessa questão tem papel fundamental a entidade comunitária que deseja tornar-se representante do conjunto social do lugar. Ela não pode perder tempo na conscientização do exercício cidadã, mesmo que para isso seja preciso incrementar reuniões com moradores em período mais curtos, aproximando os problemas e estabelecendo um canal de comunicação “boca a boca” no perímetro de sua atuação. Há de se pensar em fortalecimento e participação, antes mesmo de priorizar soluções de problemas coletivos com apenas parte da comunidade interessada. 

A quebra do paradigma da cultura política perniciosa do “curral eleitoral”, que transfere a responsabilidade pela melhoria de vida na comunidade para determinado “dono do gado local”, é o primeiro passo para aproveitar as oportunidades geradas no Poder Público pela participação global da comunidade nos fóruns de debates, na definição de soluções com prioridades estabelecidas e com o aval de todos os moradores e não apenas parte deles.

Oportunidades perdidas pela omissão e desinteresse em participar da comunidade é, sem sombra de dúvida, um dos grandes males da sociedade brasileira e um dos grandes atrativos para a proliferação de “salvadores da pátria” ou aqueles “paraquedistas de ocasião” que aparecem de quatro em quatro anos para resolver todos os problemas da comunidade em troca dos votos e da construção de uma “cerca imoral”, garroteando a manada dos desinteressados e omissos do lugar.

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ANTES TARDE DO QUE NUNCA

Uma comunidade começa a despertar para solucionar seus problemas quando mobilizada de forma correta por uma entidade que tenha credibilidade e representatividade. Mesmo que esse engajamento comunitário ocorra atrasado, é sempre melhor mais tarde do que nunca. A inexistência de ações que realmente atraiam os moradores para o processo coletivo do debate na busca das soluções necessárias aos problemas que existem e precisam ser resolvidos, deve ser creditada a uma representação comunitária negativa ou ausente.

O processo de engajamento é lento, gradual, mas seguro do ponto de vista do fortalecimento da entidade que representa o coletivo do lugar. Lento porque deve ser construído de forma ética, transparente e democrática. Gradual porque tem que cumprir etapas importantes para mobilizar de forma permanente os moradores da comunidade, garantindo, assim, a segurança da entidade para se tornar a única e mais importante representação comunitária do local.

Não é fácil romper a inércia de uma comunidade alimentada por anos e anos de exclusão do processo comunitário por conta do centralismo de entidades administradas com interesses não muito transparentes ou pela total inexistência de representação legal de todos os moradores. Incentivar a participação da comunidade na entidade, tornando cada um dos moradores agente ativo no processo das soluções dos problemas é o mais indicado para atrair associados e fortalecer a representação comunitária.

Ações com benefícios direto para toda a comunidade é um dos caminhos a ser seguido, mas que importa na formatação de políticas comunitárias associadas ao Poder Público com gerenciamento compartilhado com a entidade. Para o sucesso das ações é importante um canal de comunicação direto com os moradores que possa, além de informar, dar transparência aos atos da entidade, noticiando as ações desenvolvidas e colocando em debate os problemas existentes e a necessidade do engajamento de todos para solucioná-los.

Representar uma comunidade, desde as menores até as mais populosas, não é uma tarefa simples, principalmente quando a representação comunitária é feita a base do voluntariado e desprendimento pessoal. Uma entidade desorganizada tem, evidentemente, um ciclo de existência curto e desastroso. Organizada e descentralizada, ela tem vida longa e próspera, mesmo que seu fortalecimento ocorra a médio prazo.

União, ação e comunicação é o tripé que garante o sucesso da representação comunitária e a fortalece junto aos moradores do lugar que se transformarão em associados e colaboradores da entidade na busca da solução dos problemas que a comunidade enfrenta, respaldando as ações desenvolvidas ou as que resultarem do debate aberto, plural e democrático. 

Uma premissa importante na construção do engajamento comunitário é o discurso pautado pela veracidade das informações. Sem isso, tudo vai por água abaixo e nada se constrói de positivo para a vida da entidade. É bem verdade que uma comunidade desconfiada dos interesses e objetivos de representações comunitárias pouco ou nada atuante e sem transparência não se entrega a curto prazo. Mas como diz o dito popular: “antes tarde do que nunca”. 


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ENGAJAMENTO CIDADÃO
“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.
(Martin Luther King Jr)

Uma comunidade não conquista benefícios para todos se as lutas que precisam ser travadas não forem feitas por todos e não apenas por alguns. O desinteresse coletivo é a melhor oportunidade para o avanço das ações predatórias que penalizam qualquer comunidade deixando-a a mercê de interesses poucos confessáveis e ao vandalismo das políticas geradas pelo abandono de áreas importantes para uma vida melhor, mais saudável e segura.

Ao demonstrar omissão para com os problemas da sua comunidade, as pessoas assinam um cheque em branco para que oportunistas de ocasião e agentes inescrupulosos tomem para si o que a todos pertence e do patrimônio coletivo fazem uso e fruto pessoal com o destino que bem lhes garantir mais lucro ou poder.

Uma luta comunitária é fruto da conscientização de todos em busca de uma vida melhor para a comunidade e não um capricho ou uma massagem no ego de quem se coloca como como ponta de lança de ações para beneficiar ao coletivo e proporcionar as verdadeiras mudanças que a comunidade necessita e anseia, mesmo que omissão e desinteressada. Não se vence uma batalha entrincheirado nos travesseiros esperando que a linha de frente vença a guerra para usufruir da conquista.

É fundamental o engajamento de todos na luta por melhorias comunitárias. Sejam elas de qual matiz for, porque todas as necessidades de uma comunidade para construir uma vida melhor para todos os seus moradores e suas famílias, estão interligadas como elos de uma corrente que fecha o ciclo de melhorias e benefícios coletivos. Definir prioridades é importante quando se tem uma visão geral do conjunto de problemas que existem na comunidade e que esperam por soluções.

As prioridades devem ser definidas atentando-se para a ligação entre os problemas como num efeito dominó, onde a solução de uma questão puxa a outra para ser solucionada e assim por diante. Todos os problemas de uma comunidade que pretende ser independente, próspera, segura e modelo passam por esse elo que une suas soluções e produz a interação com todos os habitantes do lugar. Porque é essencial que as soluções dos problemas comunitários tenham como foco o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida do conjunto social.

Há ações diversas nas soluções dos problemas, mas em todas elas há um ponto de intercessão ligando-as ao objetivo maior que é melhorar as condições de vida das famílias que residem na comunidade. A opção de priorizar determinado problema é positiva quando se constrói o elo da prioridade definida com os outros problemas a serem enfrentados para que ao buscar a solução para um problema tenha consciência do efeito sobre as outras necessidades do lugar, estabelecendo uma linha de conquista que possa eliminar todos os problemas sequencialmente e de forma racional e produtiva.


A mobilização da comunidade deve acontecer de acordo com os anseios dos moradores e as necessidades globalizadas. A indiferença e a omissão são quadros criados pela manutenção inconsciente da permanência na zona de conforto de cada habitante que pode, inteligentemente, ser desarticulada com um discurso alinhando os problemas de acordo com as necessidades reveladas numa conversa “cara a cara” com cada um ou com grupos definidos em áreas demarcadas para a ação de convencimento.


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A OMISSÃO QUE DESTRÓI


Quando uma comunidade assiste o abandono do seu patrimônio e se sente impotente para criar uma nova realidade que preserve esse patrimônio e dê utilização correta para as áreas e equipamentos de uso coletivo, é sinal de que ela, a comunidade como um todo, está ausente do processo de controle do que lhe pertence e que para ela deve ser direcionado. 



Omissa pela não participação a comunidade fica refém de interesses alheios as suas necessidades e gerenciados, muitas vezes, por “paraquedistas” que desembarcam na falta de participação coletiva para resolver os problemas gerais e implantar soluções com benefícios para todo o conjunto social do lugar.



A omissão voluntária, por qual motivo for, é danosa ao conjunto social e delega ao patrimônio coletivo a orfandade que os tais “paraquedistas” buscam com afinco para se empoderaram do direito de decisão sobre o que fazer, como fazer e com quem fazer o uso do patrimônio de todos, no caso as áreas de uso comunitário.



Esse é um mal que permeia em muitas comunidades e que é incentivado por organismos de representatividade, quase nem sempre representantes de toda a comunidade. Indiferente ao processo de interação coletiva no universo comunitário e omissa sobre as questões importantes envolvendo o patrimônio de todos, a comunidade passa a fazer o papel do avestruz, alijando-se de tudo ao seu redor enquanto sua cabeça está enfiada no buraco do “não tenho nada com isso”, “já tenho problemas demais”, “isso é politicagem e todos só querem roubar”, etc etc.



Na esteira dessas expressões se oculta a omissão que destrói todo o patrimônio coletivo porque gera a oportunidade para, em nome de meia dúzia, os ditos representantes comunitários usem e abusem do que é propriedade de todo o conjunto social da comunidade em questão. A ausência no debate sobre a utilização do patrimônio coletivo é a estrada perfeita para a “alienação consentida” de algo que é de todos e para todos deve ser destinado.



Sem participar, ausente e omissa, a comunidade faz o papel, inconscientemente, do segundo vaqueiro na derrubada do boi nas vaquejadas nordestinas. Serve apenas para “bater esteira” para o cavaleiro principal que é quem derruba o boi na faixa e fica com o mérito da dupla. Assim, a comunidade passa de protagonista das decisões sobre o patrimônio coletivo para coadjuvante em um espetáculo onde ela própria, por omissão, avaliza todo o desmantelo praticado com o patrimônio de todos.



Estar presente, opinar, debater, propor e participar efetivamente das decisões sobre o patrimônio coletivo de uma comunidade é fazer respeitar o direito de todos, democraticamente, e assumir a responsabilidade pelas ações que beneficiarão, não apenas um grupo ou uma entidade, mas a toda a comunidade ativa e interessada no destino do seu patrimônio e na melhoria das condições de vida para todas as famílias que vivem na comunidade.



Melhorar a vida em uma comunidade significa dar condições dignas de existência para as famílias que nela moram. Engloba todo o processo de bem-estar coletivo para que o lugar possa oferecer para todos que vivem na comunidade ações de infraestrutura, lazer, esporte, cultura, sociabilidade, mobilidade, segurança, diversidade, respeito e solidariedade. 



A omissão em si não é crime e nem está penalizada no Código Penal do país. Mas é hedionda do ponto de vista moral porque escraviza todos no interesse de poucos aproveitadores das oportunidades geradas pela ausência no processo de construção de uma comunidade modelo, ativa e responsável por seu patrimônio coletivo.





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NEM TUDO O QUE PARECE SER, É



Já diz um velho ditado que nem tudo o que parece, na verdade, é verdadeiro. Essa máxima se aplica em muitos casos, inclusive em entidades representativas de categorias profissionais ou de comunidades. Há muitas entidades que parecem, e querem fazer crer, que são o que realmente não são. São fundadas com um título que pouco ou quase nada tem a ver com a atividade que pretendem desenvolver e, deste modo, caem na vala comum das que não são o que querem parecer que são.


Qualquer pessoa que juntar três outros amigos pode fundar uma entidade de representação popular, mesmo sem representar ninguém além de seus fundadores. Pode, inclusive, se intitular da forma que bem entender e tentar, pelo título, parecer representar mais do que realmente representa. Basta ter dinheiro para as custas, interesse em tornar-se CNPJ e ganância para projetar-se como o que não é, querendo ser. 



No Brasil, com o fim do governo dos generais, em 1985, e a instalação da malfadada Nova República do "coroné maranhaense" José Sarney e a implantação da semi-democracia no país, deu-se início ao processo de proliferação de entidades de representação comunitária e classista que extrapolou os limites da decência e moralidade. Foram criadas milhares de centenas de entidades das mais diversas orientações ideológicas, políticas, sociais etc.



No Brasil, seus municípios, dos maiores aos menos insignificantes, ganharam entidades de representação comunitária e, a reboque, a proliferação dos interesses inescrupulosos que jogou na lata do lixo a dignidade de todas as entidades, promovendo uma onda de negatividade generalizada e contínua que atingiu as entidades sérias, de bons propósitos, com dirigentes honestos e, acima de tudo, agindo com lisura e coerência nas ações realizadas de acordo com seus estatutos sociais.



O desvio de conduta não ocorreu apenas pelas gestões fraudulentas e corruptas que se instalaram nas entidades que diziam ser uma coisa e que não eram coisa nenhuma a não ser antro de ladrões, bandidos e picaretas oportunistas. Também se viu o desvio e a enganação no título de entidades com alusão a determinado conjunto social cujo objetivo era impor uma realidade que não era verdadeira juridicamente, mas que cumpria sua função de iludir os ditos associados para tirar proveito em causa própria de seus coordenadores. 

Nesse universo vamos encontrar entidades que foram registradas como representação legal, sem, entretanto, estarem dentro das normas que regem determinados conjuntos sociais ou categorias profissionais, mas que, na verdade, apenas o nome as liga a esses segmentos da sociedade e, aparentemente para os mais desavisados, as coloca, falaciosamente, no contexto ao qual dizem pertencer e representar. Essas entidades são o que se pode classificar de “ilusão de ótica” por não serem legal e aparentarem ser o que dizem ser, sem, contudo, terem legalidade para operar como entidade identificada pelo título que ostenta.

Dentro dessa turma das entidades “ilusão de ótica”, que não são o que dizem ser, vamos encontrar nomes diversos de acordo com suas atuações e não com suas atribuições legais. Qualquer pessoa pode registrar no cartório uma entidade comunitária ou classista com o nome que achar conveniente. 

Alguns exemplos de títulos de entidade comuns que carecem do contexto legal para ser o que dizem ser, atuando como se assim fossem: Instituto; Fundação; Condomínio; Sindicato; Federação; Conselho Profissional, entre outros que são regidos por legislação própria.

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ÉTICA, INDEPENDÊNCIA E RESPONSABILIDADE

O portal “14bisz” acordou com o presidente da COOPESSAB e vice síndico do Condomínio Residencial Santos Dumont, Amauri Bastos, uma entrevista sobre as condições atuais do Centro Cultural. Ele pediu que fosse encaminhada para seu WhatsApp as perguntas relativas ao assunto e assim foi feito. Na sexta-feira, o jornalista Marcus de Carvalho recebeu uma mensagem, pelo aplicativo WhatsApp, do senhor Amauri Bastos com o seguinte teor:

“Boa tarde, programa o portal para publicar a matéria que te mandei pelo e-mail, sobre o Condômino estar fazendo poda de árvore, conserto do alambrado, reparando telhado da sede, e outras coisas, em prol da comunidade, quando eu ver a publicação amanhã no Blog, em seguida te mando as respostas, para eu não pensar que estás sendo parcial, já que não publicaste a resposta sobre a matéria, que o Centro Cultural está sendo moradia a mais de 2 anos, tem a minha garantia, a matéria  sobre a Prefeitura saiu no dia seguinte ao acontecido, e do Condomínio não consegues publicar, fica com Deus”.

Em resposta o jornalista Marcus de Carvalho endereçou, também via aplicativo WhatsApp, o seguinte esclarecimento ao presidente da COOPESSAB e vice síndico do Condomínio Residencial Santos Dumont:

“Meu caro Amauri Bastos. Vou tentar ser o mais cordial possível, embora você continue agredindo meu exercício profissional tentando desqualificar meu trabalho e lançar dúvidas sobre a imparcialidade do portal por mim editado. Desde que o portal foi ao ar em agosto deste ano que tenho, insistentemente, procurado o pessoal do condomínio (Cleber e você) para obter informações interessantes para a comunidade para que eu transformasse em notícia do portal. Não foi uma, nem duas vezes. O registro nas matérias do portal sobre o Residencial prova isso. 

Você há de convir que não há como escrever reportagens sem fonte de informação. Acontece que tenho tido acesso a informações de todos que procuro e que são transformadas em postagens no “14 bisz” com a isenção que aprendi e pratico em quase 40 anos de vida como jornalista no Brasil. O portal tem suas normas que sigo porque são importantes para a organização do meu trabalho e isso, independe de você ou de qualquer outra pessoa ou entidade. São regras que estabeleci, como você estabeleceu normas para dirigir o Condomínio e a Cooperativa e não sou eu quem vai dizer o que e como você tem que agir na direção das entidades.

Não me agrada as colocações de parcialidade no meu exercício profissional porque são inverdades e levianas. Não atuo como os jornalistas que talvez você conheça e exerçam a profissão por meio de viés antiético e imoral. Sou jornalista e respeito minha profissão como respeito todos aqueles com quem me relaciono na busca de informações para reportagens, no portal ou em qualquer outro veículo de comunicação em que esteja atuando. Não faço parte do jornalismo venal e mercenário que acampou na mídia brasileira há quase três décadas e fez muitos discípulos inescrupulosos, embora muitos bons profissionais resistam a essa atividade imoral, covarde e predatória social e profissionalmente.

Eu o conheci e o respeito como cidadão e dirigente de entidade comunitária. Até hoje não tenho motivos para duvidar de tua honra, de tua honestidade, da lisura de teus atos na direção da cooperativa e do Condomínio. Tenho, consequência daquela nossa primeira conversa informal no prédio da Cooperativa, informações que você me passou e que, por ter sido nossa conversa em caráter pessoal como se diz na imprensa “em off”, jamais usei-as para produzir reportagens atrelando a elas seu nome como fonte da notícia. Não é verdade?

Talvez por desconhecer o mecanismo que o portal utiliza para transformar as notícias redigidas em postagens, você não tenha tido o cuidado de encaminhar seu comentário sobre a matéria relativa ao Centro Cultural na edição certa, como lhe expliquei pessoalmente e com o detalhe da ausência do seu nome, assinando apenas como “presidente da cooperativa”.  Mesmo assim, me comprometi em publicar o seu comentário e ele está lá no lugar onde você comentou. Assim, sua afirmação de que omiti seu comentário falta com a verdade e se torna acusatória de um comportamento que não tenho, nem em relação a você ou a qualquer outra pessoa do residencial, de Brasília, do Brasil e do planeta.

Como lhe disse já várias vezes, o portal é atualizado no final de semana (sábado e domingo) e não em qualquer dia por vontade de “A” ou “B”. Quando você coloca em suspeição de imparcialidade jornalística as postagens relacionadas com os estragos causados pela tempestade do último sábado, gostaria de perguntar-lhe o seguinte: qual foi a ação realizada pelo Condomínio ou pela Cooperativa no sábado ou no domingo após a passagem do vendaval pelo residencial? Nenhuma. 

Por outro lado, a Prefeitura Comunitária se mobilizou e agiu com rapidez na identificação dos problemas e na busca de suas soluções. Do mesmo modo que os dirigentes da Prefeitura Comunitária tem o meu contato (celular e WhatsApp) você também os tem, e se houvesse alguma ação por parte do Condomínio ou da Cooperativa, naquele fim de semana, pode acreditar que estaria postado junto com a reportagem sobre os estragos causados pela tempestade e as providências que as entidades existentes na comunidade estavam tomando: entidades são, Condomínio e Prefeitura.

Apenas para finalizar. Eu não preciso de sua garantia para receber informações sobre o Centro Cultural em relação as perguntas que você me pediu para encaminhar para seu WhatsApp com o objetivo de responde-las com mais tempo. Você tem todo o direito de responder ou não. Seja qual for sua decisão, não alterará meu cronograma de trabalho. Por dois motivos. Primeiro: eu não sou empregado nem do Condomínio, nem da Cooperativa, nem da Prefeitura Comunitária, nem da Administração Regional de Santa Maria, nem do GDF, nem do Governo Federal ou de qualquer outra instituição, entidade ou Poder Público. Segundo: o portal “14bisz” não pratica jornalismo irresponsável, leviano, venal, partidário ou atrelado a quem quer que seja ou a essa ou aquela entidade e não tem tutela editorial, como, também, não está sujeito a vontades alheias ou interesses pouco confessáveis de quem quer que seja. 

Assim, meu caro Amauri Bastos, espero ter colocado para você, mais uma vez, a lisura do meu trabalho e a dignidade com que exerço minha profissão e, também, as normas que regem o portal “14bisz”. Espero ter esclarecido suas dúvidas com relação as suas colocações sobre a postagem do seu comentário (estou lhe enviando um “printscreen” do comentário postado na página onde você o fez). No mais, garanto-lhe que as informações que você encaminhou para o e-mail do “14bisz” sobre os reparos feitos no alambrado estarão alinhadas na reportagem sobre o assunto na edição deste fim de semana.
Cordiais saudações. 


Marcus de Carvalho, jornalista 1593 DRT/RN – editor do portal 14bisz”.

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CONTRA PONTO E PONTO FINAL

Alguns organismos de representação popular ou comunitária, no caso de conjuntos habitacionais, só se mobilizam quando se sentem ameaçados de perder o mando de campo e se ver alijado do processo de representação legal e coletiva. Assim, levam a vida em banho maria pela certeza, quase sempre incerta, de que o céu é de brigadeiro e a aeronave voa no padrão de segurança em velocidade de eterno cruzeiro.

Ledo engano. Como único órgão de representação, popular ou comunitária, a sensação de onipotência é a grande geradora da cegueira egocêntrica que, em muitos dos casos, faz com que a entidade se omita em suas funções e na abertura de suas entranhas para aqueles a quem diz representar, atuando de forma transparente e democrática, como deve ser e como está escrito e registrado em todos os estatutos e convenções de todas as entidades nesse Brasil de meu Deus.

Assim, navegando de vento pela popa, a entidade só se dá conta de que a bússola que norteia seu navegar está quebrada e o trajeto está levando o barco para um ancoradouro em alto mar de onde se verá apenas e tão somente o que outrora seria o “céu de brigadeiro” por onde se construiu um caminho de mão única e com discurso apenas para o umbigo da própria entidade.

Essa situação não reproduz a capacidade de organização dos dirigentes da entidade que, independente de qualquer posição ideológica ou social, não são de todo leigos nesses assuntos, até porque, como dizem os ingleses mais tradicionais “o uso do cachimbo entorta a boca”. A sensação de poder e pela comodidade da zona de conforto onde operam essas lideranças em suas entidades é, sem qualquer dúvida, uma atenuante para a acomodação comunitária e a inércia no que se refere como mobilização das pessoas para fortalecer e expandir a atuação da entidade sob seu comando.

Ao ser confrontado com alguma ação em contraponto ao ponto final determinado por esse tipo de entidade, a casa cai e o terror parece se instalar nos bastidores daqueles que desleixaram com suas obrigações estatutárias e concentraram seus esforços e suas atenções em falácias e arremedos de ações pouco produtivas para o coletivo. São, então, vítimas da própria ineficiência comunitária e, por osmose, sucumbem ao que chegou e que se instalou como nova verdade.

Porém, a diversidade de entidades, populares e comunitárias, é muito salutar para aqueles que por elas são representados ou são colocados como tal. Confrontar propostas, debater ideias e projetos, ampliar o leque das alternativas, conquistar novos representados e construir soluções para problemas existentes é importante para a emancipação de uma comunidade ou para a libertação de uma categoria social ou profissional. O peleguismo é fruto da prepotência arrogante e é a ferramenta predadora do desenvolvimento e do sucesso de qualquer comunidade.


A pluralidade de entidades promove a seleção por competência daquelas afinadas com o sentimento geral da comunidade ou da categoria. Essas sobrevivem a todo tipo de bombardeio por serem abertas, transparente, éticas, sérias e comprometidas com o coletivo e não apenas com meia dúzia de pessoas num universo superior a 100 seres humanos. As falaciosas são, pela própria história, jogadas na lata do lixo.

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SEGREGAÇÃO POLÍTICA

Um dos piores vícios da politica brasileira é, sem qualquer dúvida, o loteamento do Poder Público para atender a parlamentares da base de sustentação do Poder Executivo no Poder Legislativo. É danoso porque coloca a sociedade refém do humor de parlamentares e transforma obras e ações públicas em ferramenta inescrupulosa para construir, manter e ampliar currais eleitorais com foco na perpetuação de mandatos eletivos.

No Distrito Federal não seria diferente, até porque o exemplo dessa prática hedionda vem de cima, da União, e todo mal que se faz para a sociedade no plano federal é reproduzido nos estados da federação como um dominó em queda quando se derruba a primeira peça e as seguintes caem por estarem enfileiradas uma atrás da outra. Na verdade, não é ilegal. É imoral e vergonhoso ver como os parlamentares se nivelam abaixo da ética para garantir a reeleição. 

Nessa arquitetura dos currais eleitorais, tudo é permitido em nome dos eleitores e pouco se faz para que as ações do Poder Público possam beneficiar a população de forma coletiva e não apenas os poucos apadrinhados pelos donos dos currais eleitorais que determinam o que querem que o governo faça, onde e, de preferência em locais onde se necessita ampliar a falácia do “líder popular” que busca soluções para o povo humilhado, excluído e desassistido pelo Poder Público.

Quando uma cidade, um bairro ou uma comunidade é destinada pelo Poder Executivo para a “cota” de um parlamentar da base política de sustentação do governador no Legislativo, se tem configurado uma espécie de capitania hereditária contemporânea, com todos os vícios da politicanalhagem tupiniquim, principalmente o garroteamento chantagista de oportunistas de plantão que emparedam o eleitor/morador com inverdades sobre a necessidade de “seguir o líder”, dono daquele curral eleitoral, para que tudo possa mudar e a realidade seja transformada num piscar de olhos e pela generosidade do “senhor do curral” que tudo resolve em troca de alguns votos no dia da eleição.

O grande problema dessa prática condenável e imoral é a segregação política presente em certos currais eleitorais, principalmente, quando o político dono do curral não tem “representante” em áreas inseridas no seu “reduto”. Para tentar corrigir essa lacuna eleitoral, é posto em prática o isolamento da área independente, carreando obras e ações do Poder Executivo para ambientes mais familiarizados com o “dono do curral” e segregando politicamente a comunidade que não se alinha ao comando do parlamentar.

A dificuldade para desconstruir esse “loteamento de currais eleitorais” é que existe um pacto entre os parlamentares para a manutenção de seus interesses específicos nas áreas onde ele mora, atua socialmente, desenvolve sua atividade política ou simplesmente manda e desmanda como um “coroné de periferia”. Até porque político não é profissão, é uma opção que o cidadão faz para exercer uma atividade pública durante um certo período com o objetivo de representar a sociedade e não para locupletar-se da coisa pública como se o contribuinte fosse seu empregado e não o contrário que é o verdadeiro sentido de um mandato eletivo.

Um cidade, um bairro ou uma comunidade que se deixa transformar em “curral eleitoral” com mando de “A” ou “B”, não exerce sua plena cidadania, mas se coloca como uma senzala dependente da Casa Grande e refém das vontades do “sinhozinho” e de seus “capitães do mato”.  Independência e dignidade devem nortear os cidadãos e cidadãs no exercício da liberdade de escolha de seus empregados nos poderes Legislativo e Executivo para que a comunidade não seja massa de manobra para interesses inconfessáveis e segregadores politicamente.

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UNIDADE COMUNITÁRIA

Quando uma comunidade decide participar de sua vida coletiva, social e politicamente, deve ter consciência da importância e do sentido de unidade que deve prevalecer no conjunto de pessoas que assumem a responsabilidade de tocar o barco para garantir conquistas para todos e benefícios coletivos e duradouros. 

Unidade comunitária não significa totalitarismo de pensamento ou crença ideológica. Não se sobrepõem a formação social de cada um e, também, não determina a negação de dogmas particulares. Unidade comunitária é a busca do bem comum como forma de alcançar uma realidade que seja excelente para todos e, por isso mesmo, libertária por ser ferramenta de contrapontos e contraditórios unindo as várias tendências num único objetivo: melhorar as condições de vida da comunidade.

Integrar um projeto coletivo de transformação da realidade de uma comunidade massacrada pela falta de representatividade, abandonada a sua própria sorte onde qualquer aventureiro sem escrúpulos e com interesses inconfessáveis possa se arvorar a um pseudo título de líder comunitário, transformando o conjunto urbano em questão numa produtiva e rentável mercadoria de barganha político eleitoreiro, não é tarefa das mais fáceis.

Primeiro porque requer o desprendimento daquele que deseja fazer parte da mudança. Depois porque não faltarão “aves de mau agouro” para tentar melar o projeto e esvaziar o movimento com “alucinações mentecaptas” ou “desconstruindo reputações” a seu bel prazer. Terceiro porque a tarefa é das mais pesadas e onerosas do ponto de vista pessoal e social. Na verdade se trava uma guerra entre o bem e o mal, entre a verdade e a mentira, entre a ética e o mau-caratismo explícito, entre o passado ruim e o futuro promissor.

Há ações importantes para a conquista do apoio da comunidade num projeto de reconstrução que devem estar na pauta de qualquer diretoria para viabilizar o debate e estabelecer um novo paradigma para atuação junto ao coletivo urbano como ferramenta de maximização das necessidades da comunidade e na busca das soluções dos principais problemas que devem ser enfrentados para mudar o quadro atual.

Uma comunidade ausente, reflete negativamente sobre a entidade comunitária e promove o descrédito, não apenas internamente, mas externamente junto aos órgãos de Poder onde a entidade deve ser vista como legitima representante legal da comunidade onde atua e por quem fala. Para isso, fortalecer a entidade deve ser o mantra cantado 24 horas por dia. Esse fortalecimento acontece com a multiplicação dos associados, convencidos de boa fé pelas propostas de mudança e pela credibilidade de quem propõe mudar.


A comunidade é a base. A entidade é a arma. A luta é de todos e as mudanças são parte do envolvimento do coletivo urbano.

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REPRESENTAÇÃO LEGITIMADA

Representar uma comunidade não é fruto da vontade pessoal daquele que pretende se transformar em “líder comunitário”. Vai mais além e depende de muitos fatores alheios a vontade personalizada desde ou de outro qualquer. Principalmente quando a pessoa se coloca como dirigente de uma entidade que “em tese” irá ser a voz de uma comunidade com milhares de pessoas concentradas no mesmo espaço urbano. 


A legitimidade de uma representação comunitária se dá quando seus dirigentes colocam acima de suas vontades pessoais ou da personalização do grupo de pessoas que comanda a entidade, o trabalho voluntario em benefício do coletivo com ações desprovidas de vaidade, egoísmo e interesses pessoais, muitas vezes inconfessáveis do ponto de vista moral e ético. Assim começa a construção da legitimidade da entidade. 



Essa condição se coloca como fundamental para o sucesso e fortalecimento da entidade, mas somente ela não basta para legitimar uma representação comunitária. É preciso que o engajamento de todos os moradores da comunidade se faça realidade e que se processe de forma voluntária e espontânea, movidos pelas propostas da entidade e pela credibilidade de seus dirigentes.



A interação entre entidade e população local é o caminho para o fortalecimento da representação comunitária e deve ser pauta prioritária nas reuniões dos dirigentes da entidade, sempre com o foco no engajamento de toda a comunidade para que as ações reflitam os anseios dos moradores e solucionem os problemas que venham a ser detectados pela entidade ou denunciados pelos associados.



A conquista de associados deve se dar de forma natural pelo convencimento com base em ideias e propostas realistas sem os malabarismos demagógicos utilizados pelos “líderes sem escrúpulos” que para tudo tem uma solução mirabolante e um discurso afinado com as soluções das necessidades do coletivo. Estabelecer um critério cuja ética e transparência sejam a base de todo o trabalho da entidade, já é um bom caminho com metade do percurso percorrido com tranquilidade e confiança.



Confiança é o que a entidade deve despertar e fomentar na comunidade. Isso se faz com ações honestas e transparentes e com o diálogo franco e aberto com os moradores do local. Debater os problemas democraticamente é a forma ideal para se dar credibilidade a uma entidade comunitária. Ouvir as criticas e saber delas tirar o melhor para ampliar propostas de trabalho, garantindo acertos com o aval de todo o conjunto de moradores é a porta para a legitimação da representatividade.



A responsabilidade de uma entidade comunitária não é, apenas e tão somente, dos seus dirigentes. É, acima de tudo, de toda a comunidade engajada no processo de representação com a certeza de que a entidade é parte do todo e não pedaço de interesse pessoal deste ou daquele cidadão que se auto intitula “líder comunitário”.



Ética, transparência, honestidade, respeito e democracia sempre fizeram bem a qualquer comunidade.


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DE ENTIDADE E "ENTIDADES"

Há dois tipos de entidades representativas: aquelas que realmente representam o conjunto de seus associados, cujo quadro social é composto por pessoas irmanadas no mesmo objetivo e alinhadas as propostas da entidade definidas em assembleias com a participação da maioria dos associados; e outras que são criadas com intuito de cooptar incautos com discursos bem montados e narrativas de conquistas de toda ordem cujo quadro social é insignificante e pulverizado muitas vezes na tendenciosa falácia de representação, onde as decisões são tomadas em caráter personalizado sempre de cima para baixo numa imposição centralizadora desassistida de qualquer viés democrático ou representativo.

No Brasil, a proliferação dessas “entidades” de caráter populista e paternalista ganhou espaço e se consolidou nos últimos anos por serem braços disfarçados do Poder Público para o controle social da cidadania plena, excluindo a livre manifestação do cidadão. São inúmeras entidades travestidas de Organizações Não Governamentais (ONG), muitas delas abastecidas com recursos do contribuinte, useiras e vezeiras das benesses dos Poderes Públicos e agraciadas com o reconhecimento de trabalhos que muitas vezes não saem de projetos digitalizados em folhas de papeis timbrados, glorificados para deleite e currículo de seus dirigentes.

Geralmente essas entidades são “cartoriais” e seus dirigentes acumulam cargos como numa capitania hereditária onde o mando da entidade se faz numa roda viva que gira sempre com o mesmo mecanismo de controle para não cair em “mãos alheias” e “entornar o caldo” da falsa legitimidade da representação a qual ela diz estar ligada. Desta forma o comando da entidade jamais deixa o círculo vicioso que a criou e, em momento algum terá comprometida seu objetivo de fomentar ações em benefícios de atores políticos ou agentes públicos investidos de poder pelo cargo que ocupa nas administrações federal, estaduais ou municipais.

Uma das características dessas “entidades” é a forma como as reuniões são conduzidas e como as propostas são definidas. O debate se processa num monólogo que em seu arcabouço apresenta o problema e determina a solução sem que haja qualquer oposição ao projeto alvo do interesse da ONG. Geralmente essas entidades trazem a tiracolo o nome de algum político focado na ampliação de seu “curral eleitoral” e de quem virão todas as conquistas definidas no plano de ação da entidade, e para quem deverá ser carreado todos os agradecimentos, principalmente, o eleitoreiro.

Essas “entidades” são em sua maioria cabos eleitorais de políticos com mandato, ou não, dispostos a louvar e encampar o trabalho realizado pela entidade com foco na eleição que virá e no palanque que será montado para ele pelos dirigentes da ONG, o que poderá se traduzir  no aumento de sua votação e na garantia da manutenção do mandato ou na conquista de um lugar na representação política da sociedade. Mesmo que a ONG não tenha o respaldo daqueles a quem diz representar.

A existência desse tipo de entidade distorce a representatividade legal das entidades, desacreditando todas elas junto a sociedade e gerando a desconfiança no trabalho honesto e ético que as verdadeiras entidades representativas realizam para melhorar a qualidade de vida da população em suas comunidades ou de uma categoria profissional que representa. Há, é verdade, nesse “balaio de gatos das entidades”, algumas ONG que atuam de forma correta, ética e moralmente coerente com seus propósitos. Mas são minorias num universo onde esse tipo de entidade virou uma modalidade de emprego indireto para muitos com a premissa de ser vitalício enquanto durar.

Uma entidade representativa deve primar pela ética e coerência em seus posicionamentos e ter a independência necessária para gerar ações em benefício de seus associados. Deve se fortalecer com a verdade e a transparência em todos os seus atos. Deve ainda, buscar na comunidade ou na categoria profissional, a ampliação de seu quadro social, organizando-se como representação legal daqueles de quem ela irá ser a voz e o braço de luta para conquistas coletivas e duradouras. 

Fundamentalmente deve ser democrática e plural.

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TEMPO DE REALINHAR

Uma comunidade de classe média com um número expressivo de moradores supostamente esclarecidos, social e intelectualmente desenvolvidos não pode viver alheia a entidade do coletivo urbano onde residem. Incluindo problemas reais e benefícios que podem ser gerados para todos quando todos assumirem seus papeis de agentes ativos da comunidade e não meros espectadores com acentuado descaso pelo gerenciamento da entidade que os representa, mesmo sem eles admitirem que são representados pela entidade que eles menosprezam e criticam.

É um erro? Totalmente. Porque isola a entidade de seus representados e a coloca como um ser alienígena no contexto social da comunidade. Um ser, diga-se de passagem, enfermo e com poucas possibilidades de realizar conquistas para todos, não porque não tenha as ferramentas necessárias para as ações que precisa empreender como representação legítima de um conjunto social. E sim pelo descaso e omissão que talvez seja consequência do efeito bumerangue que mal manuseado atinge tanto o alvo como quem o arremessa.

Se a comunidade tem sua parcela de culpa no isolamento da sua representação comunitária, também é verdadeira a narrativa de que a própria entidade incentiva seu isolamento causando o êxodo da maioria de seus representados e uma asfixia tanto na representação legal como na questão financeira, o que, claramente, terá influência negativa no seu fortalecimento e nas ações em benefício do complexo urbano e na vida de todos os moradores do lugar.

Há solução? Claro, não se enterra um defunto sem que antes ele esteja comprovadamente morto. Para isso é necessário um “mea culpa” de mão dupla e o desarmamento dos espíritos em prol do bem comum. A comunidade precisa se integrar a entidade respeitando suas normas, cumprindo seus deveres e garantindo seus direitos, e a entidade precisa entender as necessidades da comunidade, não apenas no aspecto urbanístico e físico do complexo urbano, mas, e principalmente, na democratização e descentralização do Poder de comando.

Revisar os procedimentos de ambos os lados parece ser o caminho mais viável para fortalecer a entidade como representação legítima e legal da comunidade. Um plano de reestruturação da entidade com o apoio da comunidade num processo de abertura e diálogo é um bom começo. Já a comunidade deve ser receptiva e entender plenamente o seu papel no contexto do complexo urbano e social, além de abonar o plano de reestruturação e participar efetivamente de todo o processo tendo voz ativa nos debates sobre o caminho a seguir quando da implantação reestruturação da entidade.

Realinhar as ações da entidade com a modernidade dos tempos atuais é fundamental para que a comunidade se sinta motivada a participar colaborando com sugestões que podem ser alvo de um debate democrático para serem postas em práticas ou não. O desarmamento dos espíritos, evidentemente, causará perdas de ambos os lados que se mostrarão insignificante num contexto mais abrangente, que é o fortalecimento da entidade, e não passarão de meros arroubos de narcisismo ou orgulho contrariado.

Pensar em reestruturação de uma entidade moribunda do ponto de vista de representação efetiva é dar início a um novo ciclo na vida comunitária e social da comunidade, principalmente, quando o objetivo de qualquer entidade desse gênero é a produção de melhorias para a qualidade de vida de seus representados. Isso feito sem descaracterizar os grupos que desejam disputar o comando da entidade, respeitando o processo democrático e plural que norteia todas as atividades coletivas.

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ENTIDADE AVESTRUZ

Quando uma entidade de representação comunitária se distancia da grande maioria daqueles a quem legalmente representa, ela se transforma nas chamadas “entidade avestruz” sem qualquer compromisso com a comunidade e com foco apenas e tão somente no próprio umbigo de seus dirigentes perpétuos, na maioria dos casos.

Uma entidade comunitária precisa escancarar suas entranhas e tornar transparente suas ações, principalmente com relação aos recursos financeiros que arrecada e como os gasta, para que possa ter credibilidade junto ao conjunto de pessoas representadas por ela, não apenas ao grupo minoritário cativo, mas a toda a comunidade, independente da maioria estar ou não em dia com suas obrigações estatutárias de associado.

Transparência gera credibilidade criando um ambiente propício para agregar desinteressados no processo comunitário, ampliando o quadro de associados e, naturalmente, gerando mais receita. Porém, apenas a transparência não é suficiente para isso. É necessário que também se processe uma nova metodologia de trabalho e que se busque novas formas de gerenciamento com uma visão ampla e com foco no fortalecimento da entidade e na interação entre ela e todos os seus representados.

Manter a entidade como “avestruz” que não consegue ouvir os queixumes da comunidade, que não consegue enxergar o seu isolamento, que que não consegue dialogar com todos os seus representados é, sem qualquer dúvida, decretar a falência social da entidade e transforma-la num “puxadinho particular” do grupo que a dirige como se dele propriedade fosse e não uma representação legal de toda a comunidade.

Desprendimento é a palavra chave para conceituar a representatividade de uma entidade comunitária. Apego ao poder e sua centralização é danoso para o fortalecimento de qualquer entidade, principalmente, aquelas com viés comunitário. Uma gestão progressista, democrática e independente de tutelas políticos partidárias ou eleitoreiras é fundamental para que a entidade possa crescer e se consolidar como força comunitária e não apenas como “passa tempo” de poucos em nome de muitos.

Quando a entidade incorpora o processo “avestruz” é necessário romper com a mesmice da gestão e ter a coragem de enfrentar o desconforto das críticas e, por meio delas e do debate delas, estabelecer um novo paradigma para a administração da entidade, abrindo mão de conceitos ultrapassados e pacificando a comunidade como ação de fortalecimento da sua representação legal. 

Fora dessa ótica é manter o isolamento da entidade e seu declínio como representação comunitária, mesmo que legalmente e juridicamente detenha essa condição junto aos órgãos públicos. Entretanto, essa “legalidade” não impede o surgimento de outras entidades na comunidade com a mesma finalidade e com mais poder junto a sociedade, aos órgãos de gestão pública e de representatividade parlamentar. 

Apostar no confronto com outros agentes comunitários como ferramenta para permanência no controle da entidade é outro grande erro. Uma queda de braço desnecessária para uma comunidade e totalmente infrutífera do ponto de vista da integração da sociedade na entidade. Perpetuar o erro como maneira de se perpetuar no comando, além de antidemocrático e autoritário, tornar-se prejudicial, não apenas para a entidade e seus dirigentes, mas para toda a sociedade mantida à margem do processo de desenvolvimento comunitário.

Rever os conceitos atuais de gestão e abrir a entidade para o acesso da comunidade é fundamental para o seu crescimento e fortalecimento. 

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ENTRE A UNIÃO E A DISCÓRDIA

Ao longo da história dos movimentos comunitários no Brasil muito se viu de distorções nas finalidades das entidades constituídas com o objetivo, pelo menos no papel, de representar os interesses da comunidade e defender seus direitos junto aos poderes públicos. Isso sem contabilizar os espertalhões que se aproveitavam de um “falso carisma” que lhes creditavam a confiança dos moradores do lugar para tirar proveito financeiro utilizando o cargo de presidente para falar pela comunidade, debater os problemas da comunidade, atrelar a comunidade a políticos, receber recursos em nome da comunidade e gastar o dinheiro da entidade sem dar satisfação para ninguém e em proveito próprio. 

Essa cultura do “espertalhismo” é de longa data e vem do tempo em que Pero Vaz de Caminha, ao aportar na nova terra, escreveu uma longa carta ao Rei de Portugal descrevendo as maravilhas da descoberta de Seu Cabral onde “se plantando tudo dá”, para no final, esperto como todo português da época, pediu ao Rei uma boquinha numa empresa Real para o seu sobrinho que estava em Lisboa e precisava adentrar ao Reino amealhando alguns contos de réis. Vem de lá e é herança de espertize luso tupiniquim que formou uma geração de aloprados e oportunistas da coisa alheia.

Talvez se nossa colonização tivesse a chancela holandesa, quem sabe seríamos outro país e outro povo. 

Uma entidade comunitária constituída é a melhor ferramenta de representação de uma sociedade organizada dentro de um conjunto imobiliário. Para que ela possa gerar benefícios para os moradores e promover o desenvolvimento da comunidade com ações que valorizem, não apenas o patrimônio próprio da entidade, mas de todos os habitantes do lugar, é preciso que todo o conjunto de moradores participe da entidade e assuma a responsabilidade de cumprir as normas estabelecidas, decididas pelo coletivo em assembleia dos moradores.

Sem isso, a entidade pouco pode fazer. E o pouco que faz, pouco representa no universo do que poderia ser realizado caso todos os moradores se fizessem presentes na entidade e dela participassem e ajudassem, além do pagamento da mensalidade, opinando, criticando, gerando ideias e propondo alternativas para melhorar a vida dos habitantes da comunidade. Inclusive e fundamentalmente, fiscalizando a aplicação dos recursos arrecadados pela entidade, mensalmente.

Criticar sem participar é como comer sardinha e arrotar salmão. Promover a divisão sempre foi a estratégia dos incompetentes cujo interesse no rompimento da comunidade com sua entidade representativa é, se não inconfessável publicamente, inescrupuloso sob a ótica da desconstrução de personalidade, seja jurídica ou física. Há muito mais oculto em estratégias dessa natureza do que a nossa compreensão pode captar. Por isso, é sempre bom estar com olhos e ouvidos muito afinados para entender o significado dos discursos divisionistas propagados por indivíduos que acumulam cargos vários e assumem funções múltiplas sempre com viés de “marmota de presépio” para agradar um político populista que precisa de “curral eleitoral” para perpetuar-se no Poder e viver às custas do cidadão e da cidadã.

Uma entidade legalizada tem poder junto aos órgãos públicos se a comunidade que ela representa estiver presente em suas assembleias, debatendo, democraticamente e responsavelmente, os problemas da comunidade, propondo soluções e interagindo para que a entidade se fortaleça e amplie as conquistas para todos os habitantes do lugar.


Um ditado popular lá das Gerais diz: “quando a raposa se fantasia de galinha é porque quer conquistar o galinheiro”.


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INSANIDADE COMUNITÁRIA

Gastar 200 para não deixar o outro ganhar 20. Essa é universalmente a máxima da irresponsabilidade que muitas vezes norteia as ações dos insatisfeitos e aventureiros que não conseguem se adaptar ao procedimento estabelecido por entidades que atuam na gestão de comunidades e áreas coletivas.

Muitas dessas ações tem como pano de fundo interesses nem sempre compatíveis com a produção do bem estar coletivo e escondem o viés “politiqueiro” cujo intuito não é nada mais nada menos do que tirar vantagem pessoal do complexo urbano pelo qual se disputa o controle e para o qual se tem um projeto muitas vezes imoral do ponto de vista da ética, da transparência e da moralidade pública.

Quando uma comunidade se estabelece como complexo urbano socialmente responsável e politicamente ajustada, o trabalho pelo bem estar coletivo passa pelo desprendimento pessoal na gestão da coisa coletiva, ou coisa pública, que, embora desprovida de cercas ou muros, não é o “puxadinho” deste ou daquele indivíduo que reside no lugar e que se acha proprietário daquilo que é de todos.

Condenar erros e apoiar acertos é parte do processo adulto em uma comunidade legalmente gerenciada por entidade legal e juridicamente reconhecida. Uma posição de oposição que se tenha em relação aquele que controla, temporariamente, a representação comunitária, não pode servir de pretexto para destruir a entidade e dividir a coletividade com pregação da negação da legitima representação comunitária, juridicamente constituída e reconhecida.

Utilizar do submundo da deslealdade, da farsa anunciada, da mentira perniciosa e da injuria desmedida para descontruir reputações de entidades e de seus gestores é, no mínimo, moralmente criminoso e eticamente irresponsável. A luta pelo comando da entidade de representação comunitária deve ser travada de forma leal, consciente e madura por todos que desejem assumir o comando da comunidade. 

O lugar ideal para esse tipo de embate é no fórum apropriado que é a entidade de representação comunitária legitimamente constituída. E nesse fórum, respeitando-se as normas vigentes da entidade e cumprindo os deveres estatutários, é que os cidadãos garantem o direito ao debate, a crítica e sugestões de mudança ou realinhamento da entidade. Não é nos becos, nas alcovas, nos subterrâneos da ilegalidade que se processa o verdadeiro debate das ideias e o convencimento do coletivo para alterar ou manter a direção dada a entidade de representação comunitária.


Quem faz a opção pelo gastar 200 para o outro não ganhar 20 revela seu total despreparo para enfrentar o adversário no campo das ideias e das propostas e sua incapacidade gerencial para comandar uma entidade. Essa estratégia sorrateira e inescrupulosa não prejudica apenas e tão somente a entidade, foco da insanidade dos revoltosos de plantão, mas, e mortalmente, o conjunto da comunidade que se vê privada de benefícios de toda ordem e alienada por um discurso e uma prática hedionda cujo ódio e a incompetência são os combustíveis que alimentam a insanidade comunitária.

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POLÍTICO NÃO É PROFISSÃO

Por mais que a sociedade manifeste sua indignação com a atividade política praticada no Brasil ao longo dos últimos 30 anos, no pós regime militar, parece que uma grande parte dos políticos que usufruem de mandatos eletivos ainda não assimilou o grito pela mudança radical no comportamento daqueles que se arvoram como representantes do povo e continuam rezando na velha e nojenta cartilha da política condenada pela sociedade.

Os ditos “representantes do povo” ainda não se conscientizaram de que são servidores públicos agraciados com uma “boquinha” nos parlamentos e não, as ditas “autoridades” como são apresentados pelos aspones que orbitam em volta deles. Político, seja qual o cargo que o eleito ocupe, não é profissão, é opção pessoal e como tal deve ser visto pela população como alguém que foi agraciado com um mandato e, por quatro anos, deve trabalhar duro em prol da comunidade.

Esse trabalho, diga-se de passagem, muito bem pago pelo contribuinte e com direito a várias mordomias negadas ao trabalhador comum, não é nenhum favor, é obrigação de quem esteve nas ruas pedindo o voto do eleitor para conquistar uma cadeira no parlamento. O cidadão não deve nada a político nenhum por ele ter realizado alguma ação para melhorar as condições de vida de toda uma comunidade. Inverter essa lógica e manter em atividade a nefasta pratica política do garroteamento da cidadania e do aprisionamento moral do eleitor.

E o que se vê são  parlamentares esquartejando a cidade para criar seus “currais eleitorais” como se os eleitores fossem “boi de boiada” que devem seguir o “berrante imoral e inescrupuloso” dos políticos que ainda teimam e navegar na politicanalhagem condenada pela sociedade, não apenas nas urnas com o voto de protesto contra os maus políticos, mas nos debates nas redes sociais e mesmo nas rodas de conversas nos locais de trabalho, nos clubes, nos bares, restaurantes etc.

Um político querer colar numa ação pública o seu carimbo pessoal como se a implantação de um benefício comunitário fosse obra e graça dele e a ele toda a cidade devesse o favor por um órgão público realizar uma obra custeada com dinheiro do contribuinte para melhorar a vida da população, é o retrato sem retoque da imoralidade de uma atividade importante para a vida das pessoas. Além disso, é a falsa competência e a inescrupulosidade explícita dos políticos que atuam de acordo com seus próprios interesses e tem a população como massa de manobra para se perpetuarem no Poder.

Político não é autoridade e cargo eletivo não é profissão. Todos eles têm obrigação de trabalhar duro para a sociedade e não fazem favor algum em trabalhar honestamente, com ética, seriedade e transparência.


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UNIR PARA FORTALECER

Uma comunidade com mais de 10 mil habitantes merece ter uma representação atuante, coerente, única e respaldada para que possa buscar soluções para os problemas que a comunidade enfrenta, sejam eles pontuais ou permanentes, causados pela ação do tempo, pela inoperância dos gestores ou pela incompetência da politicagem irresponsável, lamentavelmente, incorporada na maioria das gestões públicas no território nacional.

Além de ser o principal canal entre o Poder Público e os contribuintes que residem na comunidade e nela esperam os benefícios das políticas públicas custeadas com recursos oriundos dos impostos que eles pagam e que engordam o caixa do tesouro estadual, a dita representação comunitária deve estar acima das picuinhas pessoais dos grupos que se alinham naturalmente em posições divergentes, principalmente quando se estabelece o processo democrático para a escolha dos dirigentes que representarão o coletivo urbano nas instâncias do Poder local, estadual e federal.

Uma comunidade esclarecida e formada por um público classe média não pode se dar ao luxo de navegar no divisionismo populista e irresponsável que muito pouco ou nada contribui para seu desenvolvimento e para a melhoria das condições de vida de todos. Pulverizar entidades de representação comunitária não é saudável e produtivo em lugar nenhum do planeta e pouco aconselhável para aqueles que querem melhorar o lugar onde moram e acreditam nas propostas coletivas como ferramenta de aprimoramento da luta por dias melhores para todos que dividem o mesmo espaço urbano e nele habitam com suas famílias e seus sonhos de prosperidade e bem estar.

Como também não é saudável e produtivo a manutenção de uma entidade comunitária sem compromisso com o bem estar da coletividade e, principalmente, sem o aval do conjunto urbano para falar em seu nome e a ele representar de forma competente e solidaria. Além disso, uma entidade que não dá transparência a seus atos divulgando suas atividades, sejam as movimentações financeiras ou as ações administrativas, não tem credibilidade para representar uma comunidade e deve fechar suas portas.

Unir e não dividir deve ser a palavra de ordem para fortalecer. Respeitar o contraditório sem buscar cooptar quem se posiciona diferente. Promover o debate sadio das ideias, alinhavando pontos de convergência é a melhor regra para o fortalecimento do coletivo urbano e o mais correto caminho para as conquistas da comunidade junto ao Poder Público, garantindo, desta forma, a construção de uma cidade melhor para se viver.

2 comentários:

  1. Gostei dos textos. Ideias claras e desprovidas de viés tendencioso. Muito Esclarecedor

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  2. Condomínio Residencial Santos Dumont, já fez os reparos necessários no dia de hoje(28/20/19) no alambrado, na sede do Condomínio, já começou o reparo no telhado, está providenciando o recolhimento das podas que se fez no Condomínio, nos colocamos a disposição através do telefone: 3395-1305, para quaisquer esclarecimentos e sugestões, grato, Mitchell.

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