sábado, 19 de outubro de 2019

CAESB culpa moradores pelo vazamento da rede de esgoto: “uso indevido do sistema”


Esta semana as redes sociais se encheram de reclamações de vazamento de esgoto na rede coletora que serve ao Residencial Santos Dumont. As denúncias se sucederam em ritmo acelerado e foram notificados vazamentos de esgoto em quase todas as áreas da comunidade, com muitos moradores reclamando da falta de manutenção da rede coletora de esgoto por parte da Companhia de Água e Esgoto de Brasília (CAESB).

O vazamento de esgoto no Residencial Santos Dumont é um fato recorrente e tem deixado os moradores indignados com o problema que, além do mau cheiro, acarreta a proliferação de muriçocas, baratas e ratos responsáveis pela transmissão de doenças ao ser humano comprometendo a saúde dos moradores, principalmente das crianças.

De acordo com a CAESB, o problema é causado pelo mal uso do sistema coletor por parte dos moradores do residencial e não por deficiência ou desgaste da rede de esgoto da comunidade. Implantado em 1998, o sistema coletor de esgoto está dentro dos padrões dos sistemas condominiais que utiliza em sua rede tubos de PVC de 100 mm, o que descarta a possibilidade de ser sistema ultrapassado e obsoleto.

Segundo a Companhia do Governo do Distrito Federal, “o sistema coletor de esgotos é projetado para recepcionar apenas o esgoto produzido nos imóveis. Ocorre que parcela da população usa indevidamente o sistema, possibilitando a entrada de objetos na tubulação tais como plásticos, absorventes, madeiras, restos de brinquedos, areia, gordura, pedra... A presença de tais objetos e detritos causam a obstrução da tubulação e, por consequência, o extravasamento em via pública”, explica.

Outro problema identificado pela CAESB são as dezenas de interligações das águas pluviais na rede coletora de esgotos, o que possibilita o carreamento de terra, areia e cascalho no interior da tubulação, descobertas nas inspeções realizadas no Residencial Santos Dumont. Esse procedimento é ilegal e está sujeito a multa prevista em resoluções da Agência Reguladora ADASA como “infração grave”. “Considerando que o interesse da Caesb é ter o sistema regular, temos notificado os clientes para que, no prazo estabelecido, regularizem o sistema interno para coibir a incidência das multas citadas”, informa a CAESB.

A companhia estatal reafirma que não se trata de problema no sistema, mas “uso indevido da rede coletora”. Frequentemente são realizadas inspeções no sistema, segundo a CAESB, quando se identifica a necessidade de manutenção preventiva que é realizada por uma equipe da companhia. “Devido ao mau uso do sistema, são necessárias manutenções corretivas e preventivas em curto espaço de tempo”, assegura a CAESB.






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